Nos livros que leio.
Nas palavras que escrevo.
Nas ruas que passo.
Nas memórias que escondi e perdi.
Nos recantos onde nunca fomos.
Procuro-te.
Na esperança de encontrar alguma réstia de ti.
Dizem-me que nunca exististe e eu chamo-os de doidos.
Como pude sentir algo assim sozinha?
Como?
Então procuro-te de novo.
No tempo que lá vai.
Na cidade que outrora foi nossa.
Nas pessoas que por mim passam.
No eco das gargalhadas que demos
E onde quer que vá, tu não estás.
Se calhar tinham razão.
Criei um conto de fadas imenso em ilusões.
E tu nunca exististe.
Porque eu procuro-te.
Procurei-te,
Tanto.
Mas nunca te encontrei.
IMAGEM:TUMBLR