#quintadoscontos
Tanto escrevo sobre o amor.
E não sobre o próprio.
Talvez porque a pessoa mais difícil de amar seja esta que carregamos todos os dias.
Esta que deitamos e levantamos.
Que chora ou sorri connosco.
Tanto escrevo sobre o amor.
Mas o próprio... O próprio é um processo.
De todos os dias.
Toda a hora.
Todos os segundos.
Amar esta pessoa que conhecemos melhor que ninguém, não é fácil.
Amar totalmente.
Com todos os seus defeitos.
Erros.
Desilusões.
Traumas.
Amar e provar esse amor.
Com atitudes.
Com palavras.
Com mudanças.
Tanto escrevo sobre o amor.
Só que o próprio não é algo romântico.
Ou talvez seja e eu ainda não tenha aprendido a escrever.
Tanto escrevo sobre o amor.
Tanto quero escrever sobre o amor.
Mas o próprio.